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Colorado do Oeste,26/11/2024

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Após cantos de ódio com alunos, comandante da PM do Tocantins publica portaria com regras para canções militares

g1.globo.com
Após cantos de ódio com alunos, comandante da PM do Tocantins publica portaria com regras para canções militares


Portaria está publicada no Diário Oficial do Estado. O caso aconteceu no Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, em Paranã, região sul do estado. Estudantes durante atividade em que foram cantadas palavras de ódio
Reprodução/Redes Sociais
Após vídeo publicado nas redes sociais que mostra estudantes do Colégio Militar participando de uma marcha e cantando palavras de ódio, o comandante-geral da Polícia Militar (PM) do Tocantins publicou uma portaria com regras que deverão ser adotadas nas "canções militares".
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O caso aconteceu na quinta-feira (21), no Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, em Paranã, região sul do estado. A unidade atende crianças e adolescentes do 6º ao 9º. De acordo com uma servidora da escola, o vídeo foi gravado durante ação de combate à violência.
No vídeo é possível ver os estudantes sendo guiados por um policial militar que puxa o canto, enquanto os alunos repetem: 'Se eu não te matar, eu vou te prender'. Após a repercussão das imagens, o diretor do colégio e os militares envolvidos na atividade extracurricular foram afastados das funções na escola.
A portaria com as regras para canções militares está publicada no Diário Oficial do Estado, edição nº4. 6702, da sexta-feira (22), a partir da página 7. O texto foi assinado pelo comandante geral da PM, coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça.
De acordo com a publicação, o objetivo é aprovar e definir as diretrizes que devem ser seguidas quando da composição e execução de canções militares em toda a Polícia Militar do Estado do Tocantins, incluindo todos os órgãos que compõem a sua estrutura organizacional.
Conforme a portaria, as canções deve conter letras compostas com seguintes aspectos:
Exaltação de valores, com destaque aos ideais como hierarquia, disciplina, honra, coragem, lealdade e patriotismo;
Identidade institucional, que deve fazer menção à missão, história, tradição e características específicas da PMTO;
Clareza e simplicidade, compreensível e de fácil memorização, contendo elementos poéticos de rima, permitindo que todos possam cantar em uníssono;
Melodia, que deve conter estímulo emocional, que evoque sentimento de orgulho, determinação, motivação e o elevado espírito de abnegação e sentimento de pertencimento à Instituição;
Ritmo marcial, que deve facilitar o acompanhamento em marchas ou cerimônias, geralmente em compasso binário ou quaternário;
Temática, que deve exaltar a missão, o dever, reflexo e atribuição constitucional da Corporação.
Ainda conforme o texto, as canções militares são símbolo de união, coesão e identidade a todos os membros da Corporação. Além de serem reconhecidas como "parte do patrimônio cultural imaterial e moral da instituição".
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Reprodução
'Corridão' com alunos
Antes da palestra, os militares fizeram o chamado 'corridão' com os estudantes. Uma servidora da escola relatou que as crianças foram chamadas de sala em sala para participarem da atividade extracurricular.
Fardados, com o uniforme da escola, os estudantes foram enfileirados do lado de fora do colégio e percorreram algumas ruas da cidade, sendo que pelo menos três policiais os acompanhavam. Eles andavam em marcha e enquanto um dos militares cantava, os alunos repetiam a letra polêmica.
Música com palavras de ódio
Veja os versos cantados pelos militares e repetidos pelos alunos:
"Tu vai lembrar de mim
Sou taticano maldito
E vou pegar você
E se eu não te matar
Eu vou te prender
Vou invadir sua mente
Não vou deixar tu dormir
E nas infiltrações você vai lembrar de mim"
Afastamento dos cargos
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) determinou o afastamento imediato do diretor do Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, após um vídeo publicado nas redes sociais. A medida também valeu para os demais militares envolvidos na atividade.
O afastamento foi publicado no Diário Oficial do Estado, na noite de quinta-feira (21). Em nota a Polícia Militar confirmou que afastou o diretor da instituição escolar e demais militares envolvidos na atividade extracurricular
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) determinou, por meio de nota, a instauração de uma comissão de apuração sobre o caso. E destacou que o episódio foi um caso isolado e não reflete a realidade das escolas cívico-militares.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

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