Narração de texto da escritora Conceição Evaristo em ambiente ‘noise’ é um dos destaques do disco. Capa do álbum ‘Jazzwoman’, de Juliane Gamboa
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♫ NOTÍCIA
♪ Em 1972, ao lançar um dos álbuns mais aclamados da carreira, Elis Regina (1945 – 1982) apresentou 20 anos blue, música de Sueli Costa (1943 – 2003) com versos do então debutante compositor letrista Vitor Martins.
Decorridos 52 anos, a composição reaparece na voz de Juliane Gamboa com o título grafado como 20 anos blues, como passou a ser recorrente em regravações da música. O acréscimo do s no nome da canção transforma blue – palavra que significa melancolia na língua inglesa – em blues, dando outro sentido ao termo.
Seja como for, a abordagem jazzística de 20 anos blues por Juliane Gamboa dá o tom e legitima o título do álbum Jazzwoman, no mundo a partir de amanhã, 21 de novembro.
Gravado com produção musical e arranjos do baterista Lucas Fixel, o álbum Jazzwoman harmoniza a voz da artista com o toque do quarteto formado por Fixel com Antonio Fischer-Band (teclados), Pitter Rocha (guitarra) e Bruno Repsold (baixo acústico).
Antecedido pelos singles Lote XV e Eu sou mulher, o álbum Jazzwoman inclui texto da escritora Conceição Evaristo – Vozes mulheres, narrado por Juliane Gamboa em ambiente noise que embute vocais de Natalie Greffel em faixa impactante – e composição de autoria de Juliane Gamboa, Transeunte.
O repertório do álbum Jazzwoman transita entre o jazz e o samba com músicas como Banzo (Marcos Valle e Odilon Olyntho, 1965), Herança (Romulo Fróes e Alice Coutinho), Paracaê (Thati Dias), Solitude (Duke Ellignton, Eddie DeLange e Irving Mills, 1934) e Sonho juvenil (Almir Sant'anna e Guaracy Sant'anna, o Guará) 1987), sucesso da partideira Jovelina Pérola Negra (1944 – 1998) mais conhecido como Garota zona sul.

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